sexta-feira, 12 de junho de 2015

DIA DOS NAMORADOS - MURAL






Dia dos Namorados. Como assim?
Por Luciana Fernandes


Antes de tudo eu afirmo: Sim, é uma data comercial, como todas as outras que temos no calendário. Inclusive os aniversários. Mas é preciso dinheiro para mover o mundo, faz parte. Eu vejo como um bom motivo para comemorar e eu gosto muito dos ritos de comemoração.

Para entender melhor essa história vamos mergulhar um pouco na origem da data. Em alguns países, como os Estados Unidos, a data dos namorados é comemorada dia 14 de fevereiro, o Valentines Day. Segundo a versão mais conhecida a comemoração teria se originado na Roma antiga, no século III. O padre Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes (eu gostaria de saber qual o fundamento disso). Ele continuou celebrando casamentos, apesar da proibição do imperador. Valentim foi descoberto, preso e condenado à morte. Enquanto ele estava na prisão muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de “lupercais”, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pã (deus da natureza). Existe também a versão de que na Idade Média dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta da amada. Eu prefiro a versão do homem que morreu por amor, você eu sei...

No Brasil o dia nos namorados começou a ser comemorado no dia 12 de junho a partir de 1949. Um publicitário chamado João Dória trouxe a ideia do exterior e apresentou a comerciantes (esses publicitários são um perigo). O mês de junho foi escolhido por ser um mês de vendas fracas e justificaram a escolha desta data como sendo a véspera do Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro.

Independente de quando for comemorado o dia dos namorados, em fevereiro ou junho, o mais importante é celebrar o amor.

O namoro é aquela fase em que satisfazer o outro é motivo de prazer. Preocupar-se em agradar o outro é o mais legal. Claro que como a gente colhe o que planta tudo volta para você, às vezes até em dobro. É possível ser namorados a vida toda, basta que ambos queiram e façam a sua parte.

Atualmente vivemos em uma época em que é possível assumir seus amores, mesmo com o peso que nossas escolhas possam ter. Há algum tempo atrás isso seria impensável. Afinal, viemos de uma cultura em que casamentos foram feitos para durar a vida inteira. Mesmo os profundamente infelizes e desenganados precisavam mostrar uma fachada de perfeição. Era preferível viver parecendo estar juntos a tentar de novo e ser feliz. A hipocrisia reinava e era preciso esconder a preferência de cada um, seja ela por homens, mulheres, mais novos, mais velhos, azuis, coloridos ou o que for. Tudo o que ferisse o modelo criado de uma família-feliz-de-comercial-de-margarina era ferozmente condenado e proibido. Não que hoje não existam críticas, claro que elas existem e nada ficou mais fácil, mas a coragem de lutar para ser feliz fala mais forte (ainda bem!).


Luciana é designer, blogueira, artista plástica, artesã, escritora, imortal da Academia Cachoeirense de Letras – ACL, mãe da Laura, amor do Leonardo e vai ser “namorada” dele a vida toda.

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