sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

LABORATÓRIOS PEDAGÓGICOS

LABORATÓRIOS PEDAGÓGICOS

Ao longo de todo o processo ensino-aprendizagem, sempre se criticou a enorme valorização que a teoria (conteúdo) exerce sobre a prática (realidade). Nos cursos de formação docente, esta constatação aparece nas pesquisas que tratam sobre as dificuldades daqueles que, pela primeira vez, assumem o desafio de uma sala de aula real.
 O Estágio realizado durante o processo de formação é sempre supervisionado e acompanhado pelo professor titular. No entanto, após a formatura, as observações feitas, as aulas assistidas, os relatórios e as atividades discentes servem de subsídio teórico (igualmente importante e necessário no processo de formação) que acabam por não responder, satisfatoriamente, às questões do cotidiano escolar.
Ao se conceber o espaço dos laboratórios pedagógicos dentro da nova proposta curricular de formação de professores, espera-se aproximar a prática à dimensão teórica, para conhecer e refletir melhor sobre o fazer docente. Todavia, naturalmente, este hiato só será transposto com a experiência e a vivência docente. O que se pretende, na verdade, é inaugurar um espaço coletivo de discussão e debate permanente sobre os processos que envolvem o ensino-aprendizagem.
Utilizando-se dos conceitos de um currículo mais abrangente que estivesse ligado aos acontecimentos que envolvem a vida das pessoas, optou-se por trabalhar os pilares básicos da educação já anunciados por Jacques Delors.
Dessa forma, os laboratórios pedagógicos seriam uma extensão não linear dos conteúdos, podendo ter a liberdade de pensar as dimensões do aprender, ser, conviver e fazer. Acredita-se que pensar a multiplicidade de formas de se aproveitar o ambiente escolar como espaço de vida seja o caminho para um currículo voltado para a realidade, em suas conexões e interconexões, aproximando a formação de professores da escola que se quer projetar.

Por “Laboratórios Pedagógicos”, entendem-se:
a. Espaços que buscam promover as aproximações entre a fundamentação teórica e a prática pedagógica;

b. Espaços que promovem vivências em projetos interdisciplinares enquanto parte integrante da área pedagógica;

c. Espaços de criação de oficinas e materiais pedagógicos;

d. Elaboração de um portfólio, constituído pelo registro das atividades propostas nos laboratórios (planejamento, relatos, fotos, avaliações etc).

Neste documento, você encontrará temas relevantes a serem desenvolvidos nesses espaços, a partir dos quais se pressupõe a educação como um processo investigativo, com base na percepção dos movimentos que influenciam o nosso fazer pedagógico.
E, para qualificar a nossa profissão docente, é imprescindível conhecer o desenvolvimento psicossocial dos alunos e a necessidade de se apostar em propostas inovadoras para o lúdico, a criação, as diversas manifestações da arte e da cultura e, principalmente, as formas e maneiras de se lidar com as diferenças.

Entendendo que não há como dissociar o conteúdo teórico da ação prática, optou-se por constituir sete núcleos de “laboratórios”, agrupando as diversas áreas do conhecimento que erão aprofundadas ao longo da formação docente. O objetivo principal destes laboratórios é contribuir para a formação integral do egresso do Curso Normal, optando por uma visão prática e interdisciplinar que se constituirá em eixos temáticos a serem desenvolvidos ao longo do processo de ensino-aprendizagem.

Observação: Os sete Laboratórios são distribuídos entre os três anos de curso, cabendo ao 3º ano, quatro laboratórios.

ENCONTRO PPIP/ LABORATÓRIOS 27/02

Rio de Janeiro, 27 de Janeiro de 2015.

2 tempos PPIP

Realizar a leitura do Termo de Compromisso;
Preencher documentos para cumprimento do Estágio Obrigatório;
Organizar os grupos de trabalho.

Observação:

No dia 27 de fevereiro preenchemos  os documentos a lápis. Os alunos se comprometerem com a reprodução de toda documentação para entrada na 5ª CRE.
A turma se dividiu em 5 grupos para realização das atividades em sala de aula. Os grupos de estágio não são exatamente os mesmos.
Previsão de ida à CRE, dia 12 de março.

LABORATÓRIO


Apresentar os Laboratórios Pedagógicos;
Apresentar os eixos temáticos do 1º bimestre.


O terceiro ano do Curso Normal, em sua matriz de três anos, apresenta 4 Laboratórios:

Laboratório  Pedagógico Culturas
Laboratório  de Vida e Natureza
Laboratório de Atendimento Educacional Especializado
Laboratório Linguagens e Alfabetizações


Apresentação
O Currículo Mínimo tem como objetivo estabelecer orientações institucionais aos profissionais do
ensino sobre as competências mínimas que os alunos devem desenvolver a cada ano de escolaridade e em
cada componente curricular, imprimindo-se, assim, uma consistente linha de trabalho, focada em qualidade,
relevância e efetividade, nas escolas do Sistema Público Estadual do Rio de Janeiro.
No início de 2012, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro concluiu a elaboração dos
Currículos Mínimos para o Ensino Regular. Todavia, a SEEDUC respeita as especificidades de cada modalidade de ensino. Por isso, elaborou-se um Currículo Mínimo específico para o Curso Normal em Nível Médio, tanto para as disciplinas de Base Nacional Comum e Parte Diversificada quanto para as disciplinas de Formação
Profissional. Este documento servirá como referência, apresentando as habilidades e competências que devem constar como “pano de fundo” nos planos de aula e de curso desta modalidade de ensino.
A elaboração deste documento foi conduzida por equipes disciplinares de professores da rede estadual
que atuam nesta modalidade de ensino, coordenadas por professores doutores de diversas universidades
públicas do Rio de Janeiro, a partir de um convênio com a Fundação CECIERJ. Nesse processo de elaboração, foram tomadas como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade Normal (Resolução CNE/CEB n° 2/99), os Parâmetros e Orientações Curriculares Nacionais. Contamos também com a preciosa contribuição dos professores da rede que participaram das consultas virtuais e dos debates presenciais, fornecendo críticas e sugestões às propostas preliminares.
As equipes disciplinares se esforçaram para elaborar uma proposta que cumprisse a dupla missão do
Curso Normal em Nível Médio de, ao mesmo tempo, fornecer aos alunos (1) a primeira formação profissionalpara exercerem a função de professores da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental e (2) o ensino propedêutico que os prepare para prestar exames vestibulares de acesso às universidades públicas, afim de darem continuidade à sua formação em nível superior.
Para as disciplinas de Formação de Professores, consideraram-se, especialmente, as mudanças na matriz
curricular, implementadas em 2010 – após ampla discussão em todo o estado –, a partir das quais o Curso
Normal passou a ocupar três anos, em horário integral. Dentre as principais mudanças da matriz, que vêm a ser corroboradas por este Currículo Mínimo, ressalta-se a inclusão de espaços efetivos visando a preparar os futuros docentes para a promoção de uma educação inclusiva e para a construção do conhecimento, numa abordagem que permitisse diálogos entre os componentes curriculares, a realidade da sala de aula e o perfil de profissional da escola que desejamos projetar.
Portanto, este documento é um guia aos nossos professores ao longo dessa “dupla jornada” didática,
levando em consideração a carga horária disponível para cada disciplina de Formação de Professores. Dessa forma, em acordo com a Resolução CNE/CEB n° 2/99, espera-se, até o fim do curso, assegurar aos alunos a constituição de valores, conhecimentos e competências gerais e específicas necessárias ao exercício da atividade docente, sob os princípios éticos, políticos e estéticos previstos à sua formação enquanto cidadão.
Colocamo-nos à disposição, pelo endereço eletrônico curriculominimo@educacao.rj.gov.br, para
esclarecimentos e sugestões, comentários e críticas, que serão bem-vindos e necessários à revisão reflexiva das nossas ações.
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro


Laboratório de Vida e Natureza
Curso Normal em Nível Médio
1° Bimestre
Eixo temático: AMPLIANDO O HORIZONTE DO CONHECIMENTO SOBRE O ECOSSISTEMA
Refletir sobre indissociabilidade da constituição biológica do ser humano e do ambiente no qual se encontra inserido.
Habilidades e competências a serem desenvolvidas
• Conhecer e perceber as inter-relações dinâmicas nos ambientes físico, social e cultural, analisando as relações interespécies e as interdependências entre os diferentes indivíduos e seu meio, bem como sua incidência no ecossistema.
• Identificar a contribuição do conhecimento sobre sucessão ecológica e evolução histórico-temporal dos grupos funcionais e das espécies regionais, analisando as condições ambientais locais e globais na conservação dos ecossistemas naturais.
• Perceber e investigar o estudo dos fenômenos naturais que afetam a harmonia da natureza e analisar os impactos sobre a vida humana.


Laboratório Linguagens e Alfabetizações
Curso Normal em Nível Médio
1° Bimestre
Eixo temático: APROPRIAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA LINGUAGEM
Conhecer o processo de aquisição da linguagem e a alfabetização na perspectiva do letramento.
Habilidades e competências a serem desenvolvidas
• Perceber a linha pedagógica proposta pelos diversos autores que abordam a temática da linguagem.
• Analisar escritas infantis e materiais didáticos de alfabetização à luz das teorias contemporâneas.
• Interagir com diferentes produções escritas percebendo a sua importância na sociedade letrada em que nos inserimos.
• Produzir e trabalhar com textos diversos.

Laboratório Pedagógico Culturas
Curso Normal em Nível Médio
1° Bimestre
Eixo temático: DIVERSIDADES E RIQUEZAS CULTURAIS DE UM POVO
Conhecer e o reconhecer a contribuição das culturas indígena, afro-brasileira e quilombola na constituição da identidade nacional.
Habilidades e competências a serem desenvolvidas
• Pesquisar e aprofundar os diversos significados de cultura, suas manifestações, seus preconceitos e interfaces na formação do povo brasileiro.
• Criar jogos pedagógicos que estimulem a compreensão da diversidade cultural dentro da constituição plural da sociedade brasileira.
• Observar e conhecer as experiências vivenciadas pelas escolas no que se refere às manifestações culturais que revelem a riqueza, a diversidade, o respeito e a dignidade do povo brasileiro

Laboratório de Atendimento Educacional Especializado
Curso Normal em Nível Médio
1° Bimestre
Eixo temático: CONHECENDO A REALIDADE INCLUSIVA
Investigar o sentido e o significado de uma escola inclusiva
Habilidades e competências a serem desenvolvidas
• Refletir sobre a legislação específica do atendimento especializado.
• Aprofundar, por meio de estudos de casos, as características das necessidades educacionais especiais e o tipo de atendimento educacional especializado condizente.
• Conhecer as experiências das escolas inclusivas, observando suas dificuldades e êxitos.
• Mapear os principais aspectos observados indicativos de atendimento educacional especializado à luz da literatura especializada.

PLANO DE ATIVIDADE EDUCAÇÃO INFANTIL





 
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA REGIONAL PEDAGÓGICA METROPOLITANA III
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CARMELA DUTRA

Av. Ministro Edgard Romero, 491 – Madureira/ RJ – Cep 21.360-201.  Tel.:(021) 2333-5719

PLANO DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO
1 – IDENTIFICAÇÃO

Aluno (a): _______________________________________Matrícula:______________
Curso: __________________________________________ Série: _________________
Professor Orientador: ____________________________________________________
Escola de Estágio: _______________________________________________________
Professor Supervisor da Unidade Escolar: ____________________________________
Carga Horária de Estágio: ________________________
Início do Estágio:________________ Término do Estágio: _______________________

2 – OBJETIVOS:

 Analisar e sintetizar para a elaboração de relatórios.
 Trabalhar em grupo e na formação de equipes com responsabilidade, respeito, empenho e criatividade.
 Identificar o acesso aos bens culturais como formação continuada do professor e mediação na produção de conhecimento dos alunos.
 Realizar atividades de estágio de observação, coparticipação e regência no campo da Educação Infantil.
Identificar o domínio e o uso das linguagens: verbal, escrita, matemática, artística e a científica nos campos de estágio.
Identificar as vivências, o processo cognitivo, a compreensão de fenômenos naturais, os processos histórico-geográficos, a produção tecnológica e as manifestações artísticas no campo de estágio.
Compreender a importância das relações interpessoais para a construção do conhecimento.
Identificar e analisar as formas de avaliação e de autoavaliação.
Compreender e analisar o projeto político-pedagógico da instituição como um processo de permanente discussão e avaliação.
Compreender o compromisso docente na construção de aprendizagens significativas e no desenvolvimento da autonomia intelectual do aluno.

3 – CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO:

Aprofundar a capacidade de refletir sobre a própria prática, rompendo com um discurso vazio e alcançando o exercício efetivo de ser um “professor reflexivo”. A proposta do estágio nesta série se circunscreve ao trabalho com os diversos saberes docentes na concretização da prática pedagógica. Ele será convidado à investigação e à análise sistemática do cotidiano escolar e das realidades educacionais locais, buscando resgatar uma base sólida. O estágio nas Instituições Públicas Municipais é possibilidade de desenvolvimento de competências e habilidades imprescindíveis ao futuro profissional, junto aos educandos da Educação Infantil; prevista a sua realização durante o ano letivo de 2015, obedecendo cronograma e envolvendo as etapas de observação, coparticipação e regência.


4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
ALVES, R. Gaiolas e Asas. In Folha de São Paulo, Caderno Opinião, 05/12/2001.
               ARRIBAS, Teresa Lleixà et al. Meios e recursos na escola. In: Educação infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. Porto Alegre, Artmed, 2004, p. 353 -362.
           ________________________. O ambiente e a distribuição de espaços. In: Educação infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. Porto Alegre, Artmed, 2004, p. 363 - 383
             BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer CEB nº 022/98 aprovado em 17 de dezembro de1998. Relator: Regina Alcântara de Assis. Brasília, DF, 1998.Disponível em: <www.mec.gov.br/cne/ftp/CEB/CEB022.doc>
Acesso em 2002
              FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Docente. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996
             KRAMER, S. (Org.). Formação de profissionais de educação infantil no Estado do Rio de Janeiro. Relatório de Pesquisa. Rio de Janeiro: Ravil, 2001.
           MOREL, Cristina Massadar. Um ambiente para a criança ver, mexer, inventar, conviver. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. In: Trocando em Miúdos. Rio de Janeiro, CECIP.
          OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Os ambientes de aprendizagem como recursos pedagógicos. In: Educação Infantil – Fundamentos e Métodos. São Paulo, Cortez, 2005, p. 191 -199.
             PIMENTA, S. G. O Estágio na Formação de Professores: unidade teoria e prática? S.Paulo: Cortez, 1997

5 – METODOLOGIA: (técnicas, métodos e recursos didáticos para o desenvolvimento do estágio)
Investigação e análise sistemática do cotidiano escolar e das realidades educacionais locais, tomando por base a relação teoria/prática presente no contexto do exercício das atividades de Magistério, de forma crítica e investigativa. Observação, coparticipação e regência na Educação Infantil, considerando as diversidades locais e incluindo a educação no campo, quilombola e indígena, quando for o caso. Reconhecimento do espaço físico, organizacional e social da escola - conhecimento da unidade educacional em suas dimensões infraestruturais, organizacionais;  dos ocupantes do espaço escolar e observação empírica do fenômeno educativo em suas dimensões teórico metodológicas. Após tomar conhecimento da situação escolar dos alunos em classe, das estratégias didáticas e dos procedimentos adequados realizará a regência de classe com a presença do professor colaborador e do professor supervisor. O estagiário deverá conversar com o Professor Colaborador sobre a estrutura de Plano de Aula que utiliza, assim como, qual tema/conteúdo poderá ser desenvolvido.

6 – ATIVIDADES PREVISTAS:
Realizar a chamada nominal dos alunos da turma;
Colaborar na arrumação funcional da sala de aula;
Corrigir os trabalhos de casa (com gabarito fornecido pelo professor-colaborador);
Auxiliar na distribuição de material aos alunos;
Assistir aos alunos nas dificuldades apresentadas no decorrer das aulas;
Utilizar o quadro, quando solicitado;
Colaborar no planejamento e na realização das atividades comemorativas da escola;
Confeccionar murais e outras atividades com materiais fornecidos pelo professor colaborador;
Sugerir atividades enriquecedoras relacionadas aos conteúdos já trabalhados etc.
Realizar 1 (uma) regência de classe com a presença do professor colaborador e do professor supervisor, onde vivenciará o processo ensino e aprendizagem, planejando, executando e avaliando o seu trabalho.



7 – ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO:
Acompanhamento do estágio, da construção de uma prática pedagógica consciente, reflexiva e atuante no exercício de seu compromisso e ética profissional através das folhas de registro, acompanhamento da prática, relatórios das atividades, materiais impressos etc. (portifólio). Ao final será realizada a regência e a avaliação do Professor Colaborador e do Professor Supervisor.

8 – OBSERVAÇÕES:
Nesta estada da modalidade Educação Infantil (Creche/Maternal), o (a) aluna (a) não realizará regência.

Rio de Janeiro, ____ de ________________ de 20____.

___________________________________________________________
Aluno Estagiário

___________________________________________________________
Professor Supervisor do Estágio