A festa e os ritmos
Em geral, o “são-joão” é comemorado de maneira semelhante na maior parte
do Brasil, com poucas diferenças apenas na região Sul. No Sudeste e
Centro-Oeste, é bastante comum ver manifestações artísticas em praças e
quermesses. Mas é no Nordeste que ele acontece com mais força, porque, além de
atrair turistas, mobiliza muitos artistas.
As festas juninas normalmente são associadas às variações do forró, um
gênero musical que agrupa ritmos de origens bem distintas. Pode-se dizer que as
suas principais influências são portuguesa, holandesa e indígena, o famoso termo "arrasta-pé" descreve a forma como as
pessoas tinham que dançar nos terrenos de terra batida para levantar o mínimo
de poeira possível.
O forró, o xaxado e o baião, bem como o xote, são popularmente
conhecidos por "forró pé de serra" e costumam ser conduzidos por um
sanfoneiro, um zabumbeiro (a zabumba é um tambor grande que fica preso ao
corpo) e um percussionista para tocar o triângulo. Já a quadrilha, embora seja
sempre associada à sanfona, está mais para uma dança do que um estilo musical.
Realizado normalmente em fila, o xaxado faz uma alusão ao som da
movimentação das sandálias usadas pelos dançarinos, arrastadas durante a
apresentação.
Criado pelos cangaceiros quando os bandos eram compostos apenas de
homens, passou a ser uma forma de divertimento e celebração de vitórias. Também
há quem diga que servia para provocar os inimigos. Hoje não há restrição de
época do ano ou de sexo para curtir esse ritmo.
O primeiro registro musical é de 1937, na canção
“Forró na Roça”, dos compositores Manoel Queiróz e Xerém. Mas foi Luiz Gonzaga,
no início da década de 50, e o processo de imigração dos nordestinos para o sul
do país, que levaram o ritmo para o resto do Brasil. Junto com Mestre Lua,
Sivuca, Genival Lacerda, Marinês e Dominguinhos são ícones desse gênero musical.
Ritmos e danças típicas das festas juninas
Quadrilha - De origem francesa,
a quadrilha era uma dança típica que celebrava os casamentos da aristocracia
européia. Dançada em pares, já era praticada no Brasil desde 1820 e foi se
popularizando desde então. Os tecidos finos da nobreza francesa deram lugar à
chita, tecido mais barato e acessível, e o casamento nobre foi adaptado a uma
encenação.
O enredo da união caipira é geralmente o mesmo: a noiva, que geralmente está grávida, é obrigada a casar pelos pais e o noivo recusa, sendo preciso a intervenção da polícia para que o caso se resolva. A quadrilha, como era no começo do século XIX, é realizada como comemoração do casório.
A mudança dos passos é anunciada por um locutor ao som do forró. Existem, hoje, as chamadas quadrilhas estilizadas com passos marcados e coreografias ensaiadas e criadas exclusivamente para uma determinada música.
O enredo da união caipira é geralmente o mesmo: a noiva, que geralmente está grávida, é obrigada a casar pelos pais e o noivo recusa, sendo preciso a intervenção da polícia para que o caso se resolva. A quadrilha, como era no começo do século XIX, é realizada como comemoração do casório.
A mudança dos passos é anunciada por um locutor ao som do forró. Existem, hoje, as chamadas quadrilhas estilizadas com passos marcados e coreografias ensaiadas e criadas exclusivamente para uma determinada música.
Forró - Existem
duas atribuições para a origem do nome forró. Uma delas é que corresponda
etimologicamente ao termo forrobodó, que - na linguagem do caipira brasileiro -
quer dizer festança ou baile popular onde há grande animação, fartura de comida
e bebida e muita descontração. A outra é ao termo inglês for all (para todos),
usado para designar festas feitas nas bases americanas no Nordeste, na época da
Segunda Guerra Mundial, e que eram abertas ao público, ou seja, “for all” e a
pronúncia local transformou a expressão em forró. A música é tocada à base da
sanfona, da zabumba e do triângulo, conhecida como arrasta-pé ou pé-de-serra,
sendo esta última considerada a versão mais autêntica. O ritmo sofreu algumas
variações e atualmente alguns músicos incorporaram o baixo, a guitarra e a
bateria às suas melodias.

Baião - Acredita-se que a
palavra baião tenha surgido de bailão, fazendo alusão a "baile
grande". Esta dança popular do século XIX permite a improvisação, sendo
mais rápido do que o xote que a torna mais viva.
A habilidade nos
pés é maior, exigindo movimentos mais velozes do corpo. Os passos são
acompanhados por palmas, estalos de dedos e "umbigadas". A marcação
da dança segue a musicalidade dos cocos e da sanfona.
Xaxado- O nome xaxado é derivado da palavra "xaxar", uma corruptela de sachar (cavar a terra com o sacho, capinar). Os agricultores xaxam o feijão juntando a terra com uma enxada pequena no pé do caule do broto com poucos dias de nascido.
Verificando os movimentos dos pés de quem está manuseando uma enxada, limpando mato na roça ou xaxando, é semelhante aos de quem está dançando o xaxado básico.
Hoje em dia o xaxado é executado aos pares, e os grupos dançam geralmente acompanhados por conjuntos de pífano, zabumba, triângulo e sanfona, apesar de originalmente o xaxado não possuir qualquer acompanhamento, sendo uma forma predominantemente vocal, com o som das alpercatas arrastadas no chão fazendo as vezes de instrumento de percussão, ditando o ritmo da dança.


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