LABORATÓRIOS PEDAGÓGICOS
Ao longo de todo o processo ensino-aprendizagem, sempre se criticou a enorme valorização que a teoria (conteúdo) exerce sobre a prática (realidade). Nos cursos de formação docente, esta constatação aparece nas pesquisas que tratam sobre as dificuldades daqueles que, pela primeira vez, assumem o desafio de uma sala de aula real.
O Estágio realizado durante o processo de formação é sempre supervisionado e acompanhado pelo professor titular. No entanto, após a formatura, as observações feitas, as aulas assistidas, os relatórios e as atividades discentes servem de subsídio teórico (igualmente importante e necessário no processo de formação) que acabam por não responder, satisfatoriamente, às questões do cotidiano escolar.
Ao se conceber o espaço dos laboratórios pedagógicos dentro da nova proposta curricular de formação de professores, espera-se aproximar a prática à dimensão teórica, para conhecer e refletir melhor sobre o fazer docente. Todavia, naturalmente, este hiato só será transposto com a experiência e a vivência docente. O que se pretende, na verdade, é inaugurar um espaço coletivo de discussão e debate permanente sobre os processos que envolvem o ensino-aprendizagem.
Utilizando-se dos conceitos de um currículo mais abrangente que estivesse ligado aos acontecimentos que envolvem a vida das pessoas, optou-se por trabalhar os pilares básicos da educação já anunciados por Jacques Delors.
Dessa forma, os laboratórios pedagógicos seriam uma extensão não linear dos conteúdos, podendo ter a liberdade de pensar as dimensões do aprender, ser, conviver e fazer. Acredita-se que pensar a multiplicidade de formas de se aproveitar o ambiente escolar como espaço de vida seja o caminho para um currículo voltado para a realidade, em suas conexões e interconexões, aproximando a formação de professores da escola que se quer projetar.
Por “Laboratórios Pedagógicos”, entendem-se:
a. Espaços que buscam promover as aproximações entre a fundamentação teórica e a prática pedagógica;
b. Espaços que promovem vivências em projetos interdisciplinares enquanto parte integrante da área pedagógica;
c. Espaços de criação de oficinas e materiais pedagógicos;
d. Elaboração de um portfólio, constituído pelo registro das atividades propostas nos laboratórios (planejamento, relatos, fotos, avaliações etc).
Neste documento, você encontrará temas relevantes a serem desenvolvidos nesses espaços, a partir dos quais se pressupõe a educação como um processo investigativo, com base na percepção dos movimentos que influenciam o nosso fazer pedagógico.
E, para qualificar a nossa profissão docente, é imprescindível conhecer o desenvolvimento psicossocial dos alunos e a necessidade de se apostar em propostas inovadoras para o lúdico, a criação, as diversas manifestações da arte e da cultura e, principalmente, as formas e maneiras de se lidar com as diferenças.
Entendendo que não há como dissociar o conteúdo teórico da ação prática, optou-se por constituir sete núcleos de “laboratórios”, agrupando as diversas áreas do conhecimento que erão aprofundadas ao longo da formação docente. O objetivo principal destes laboratórios é contribuir para a formação integral do egresso do Curso Normal, optando por uma visão prática e interdisciplinar que se constituirá em eixos temáticos a serem desenvolvidos ao longo do processo de ensino-aprendizagem.
Observação: Os sete Laboratórios são distribuídos entre os três anos de curso, cabendo ao 3º ano, quatro laboratórios.
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